Notícia

30/11/2017.

Autoridades americanas definem que quem tem pressão 13X8 já pode ser considerado hipertenso

A nova diretriz americana – Novas diretrizes mudaram o limite para a classificação de pressão arterial alta nos Estados Unidos. Com isso, 46% dos adultos americanos passaram a ter a doença. A pressão de uma pessoa era considerada alta quando maior que 140 por 90. Este limite também era usado no Brasil. A mudança que passa a valer agora é de 130 por 80. Com essa nova diretriz, mais 14% dos adultos dos EUA passam a ter o problema, o que significa mais de 30 milhões de pessoas.

Dietas pobres, falta de exercícios e outros maus hábitos causam 90% dos problemas de pressão. O risco de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e outros problemas caem à medida que a pressão sanguínea é estabilizada.

Apenas metade dos americanos com hipertensão tem controle sobre a doença. O anúncio dessa nova medida ocorreu em conferência da Associação Americana do Coração, em Anaheim, na Califórnia.

E no Brasil? – É preciso ter um consenso em relação aos hábitos de cada país. Analisar a situação do país e das pessoas, seus hábitos alimentares, os níveis de sedentarismo, tabagismo e número de pessoas obesas. Por enquanto, no Brasil, seguimos a nossa diretriz que classifica em 14X9 a pressão considerada alerta para hipertensão.

Cada caso precisa de acompanhamento individualizado. Antes de tudo é preciso analisar o risco de doença cardiovascular de cada paciente e isso também determina o tratamento. A intervenção nos casos de 14X9 ou até mesmo 13X8 é inserir novos hábitos alimentares, redução de sódio e atividade física. O tratamento medicamentoso depende de doenças preexistentes.

Hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 13X8. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem. O coração e os vasos podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos, a pressão lá dentro aumenta. O mesmo ocorre quando o coração bombeia o sangue. Se os vasos são estreitados, a pressão sobe.

A hipertensão aumenta o risco de doenças cardiovasculares. A avaliação de um hipertenso passa por vários pontos: se há doenças associadas, se o indivíduo é fumante, obeso e sedentário. E se os órgãos alvos foram afetados de alguma maneira (coração, rins e cérebro). Conforme essa avaliação é possível prescrever o tipo de tratamento.

Diagnóstico

A pressão arterial deve ser aferida com o paciente na posição sentada, respeitando um período de repouso de cinco minutos. Muitas vezes são necessárias várias leituras para estabelecer um diagnóstico.

Tratamento

Cada paciente terá uma indicação. A mudança dos hábitos alimentares, adesão a atividade física e controle com monitoração da pressão com frequência é fundamental.

Tratamento medicamentoso

O uso de anti-hipertensivos ajuda a reduzir a resistência vascular periférica, promovendo vasodilatação. O uso de diuréticos associados ao tratamento de hipertensão é recomendado quando o paciente apresenta um quadro de hipertensão associado a outras doenças.
O diurético faz com que a pessoa perca mais água e elimine mais sódio (sal) pela urina. Com menos sal, os vasos sanguíneos relaxam, diminuindo a pressão.

Se não tratada

As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca.

É pra toda vida

Muitos pacientes não entendem a importância do tratamento e abandonam assim que começam a apresentar alguma melhora.
Hipertensão é uma doença crônica, o paciente precisa usar o medicamento continuamente.

Fonte: Bem Estar

Helio Ferraz Filho

Cardiologia

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